O mês de julho trouxe grandes avanços
nos estudo feitos para encontrar a cura de três doenças: o câncer, a síndrome
de Down e a AIDS. Em relação às duas primeiras, o avanço foi apenas na parte
teórica, porém são avanços muito significativos, tendo em vista que foram explorados
meios que foram testados fora do corpo humano e deram resultados. Já em relação
à AIDS, dois pacientes em Boston que possuíam o vírus, ficaram livres da
infecção e abandonaram os medicamentos, sem que isso lhes causasse problemas.
Um laboratório em Oxfordshire,
Inglaterra, desenvolveu um meio que consegue estimular as células T do sistema
imunológico. Conhecidas como “células assassinas”, elas são projetadas para
procurar e matar invasores e já faz isso com vírus e bactérias. Porém elas têm
uma deficiência em encontrar células cancerosas. Com o novo sistema criado, as
células T conseguem identifica-las. Esse tipo de tratamento não serve para
substituir os tratamentos já existentes, serve para ser usado junto com eles. A
maior dificuldade que os médicos encontram é desenvolver um tratamento que
deixe imune as células que não contenham a doença. Como as células T
identificam exatamente as células cancerosas, a perda de células boas é
praticamente nula.
Todas as pessoas possuem 23 pares de cromossomos
em sua formação genética. Porém, em algumas pessoas, o cromossomo 21 produz uma
cópia extra e é essa cópia a causadora da síndrome de Down. Cientistas da
Universidade de Massachusetts conseguiram “desligar” esse cromossomo, através
de um tratamento conhecido como terapia genética. Essa terapia é usada para
tentar consertar genes que tenham algum tipo de problema, mas pela primeira vez
os cientistas conseguiram anular inteiramente o efeito de um cromossomo. Através
da inserção de um gene chamado XIST na célula-tronco de uma pessoa com síndrome
de Down, os cientistas perceberam que a cópia extra do cromossomo 21 foi
“silenciada”. Os pesquisadores admitem que ainda faltam algumas etapas para que
se chegue a uma cura efetiva da síndrome de Down, entretanto o caminho a ser
seguido já está sendo construído.
No começo do mês, em Boston, dois
pacientes que tinham o vírus HIV, ficaram livres da infecção depois de passarem
por um transplante de medula, que teve que ser realizado para o tratamento de
um câncer sanguíneo. Um caso semelhante já havia acontecido na Alemanha, há
alguns anos. Os médicos disseram, porém, que o tratamento somente funcionou por
causa do câncer no sangue que ambos tinham. Um paciente interrompeu o uso dos
remédios há 7 semanas e o outro interrompeu há 15 semanas. Ambos não tiveram
nenhuma manifestação do vírus desde então. Entretanto, os médicos evitam falar
que eles estão curados, porque querem acompanhar por mais tempo os pacientes e,
ai sim, ter certeza que o vírus não voltará a se manifestar.
As 3 pesquisas ainda não conseguiram
chegar a um método que tenha uma grande eficiência comprovada, porém todas
trazem novos caminhos nunca antes explorados, e que parecem apontar para uma
cura efetiva no futuro. Esses novos avanços trazem bastante esperança para
médicos e pacientes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário