Adriana Baraldi
Feliz 2012 ! ou Feliz 4710, se preferirem o calendário lunar !
Nas duas próximas publicações, apontaremos alguns conceitos e teorias relacionados aos temas inovação e criatividade e, na sequência, os relacionaremos à gestão no setor de saúde.
Inovação é uma palavra derivada do latim, innovare, que significa tornar novo, mudar ou alterar as coisas introduzindo novidades. Inovar é tratar com algo que nunca se manifestou !
Atualmente, inovação tem sido a opção estratégica de organizações que pretendem manter sua vantagem competitiva, seu crescimento de maneira orgânica e sustentável. Já não basta melhorar os resultados por meio de redução de custos, da escolha de novos locais de produção, da racionalização de matérias primas e das alianças estratégicas. Estamos vivenciando um novo ciclo econômico, uma nova dinâmica do mercado e da sociedade que, constantemente, já traz novas manifestações e, portanto, já inova.
As organizações, que têm inovação como estratégia, colocam o tema como prioritário para sustentação do negócio em longo prazo. Assim, gestores e pesquisadores da inovação exploram o tema nesse contexto.
Com base na contribuição do economista Schumpeter, que no início do século XX definiu inovação e a diferenciou de invenção, autores como Drucker, Prahalad, Kelley e Chesbrough exploram inovação e criam conceitos complementares aos do economista.
Drucker, numa perspectiva voltada a importância do papel do indivíduo e da liderança nas organizações, conceitua inovação como sendo a atribuição de novas capacidades aos recursos existentes. Sendo assim, inovação é o instrumento dos empreendedores, o processo pelo qual se explora a mudança como uma oportunidade para diferenciar-se, agregar valor e crescer.
Prahalad relaciona o tema à adoção de novas tecnologias que permitem aumentar a competitividade da empresa no mercado. O autor também defende o conceito de cocriação que potencializa a capacidade inovadora.
Por outro lado, Kelly aborda o valor do pensamento criativo e a diversidade. Inovação é o resultado de um trabalho em equipe e significa ser receptivo à cultura e às tendências de mercado, aplicando conhecimento de maneira a pensar o futuro, gerar produtos e serviços diferenciados.
A partir dos estudos de Chesbrough, que defende o conceito de inovação aberta, ampliaram-se as possibilidades de inovação. Parcerias, inicialmente utilizadas como opção de melhoria de resultados por meio de terceirização de produção ou serviços, atingiram a dimensão da inovação. Nesse contexto, para Chesbrough inovação é também o desenvolvimento de novas conexões. São diferentes organizações, indivíduos e instituições que trabalham de maneira conjunta para desenvolver algo novo.
Finalmente, diante desse cenário, destacam-se novas como a capacidade de associação, questionamento, observação, experimentação e trabalho em rede. Nas próximas postagens traremos essa discussão e a relação entre essas competências e a criatividade necessária para inovar.