terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Novos medicamentos e tecnologias no SUS dobram em 2012


Criada em 2011, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) acelera a inclusão de novos produtos na rede pública. Estimativa é que essas inclusões tenham um impacto de R$ 1 bilhão no orçamento


Em um ano, o Ministério da Saúde incluiu 29 medicamentos e procedimentos no Sistema Único de Saúde (SUS), o que equivale ao dobro da média de incorporações feitas nos últimos seis anos antes da criação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), em 2011.

Formada por seis órgãos de saúde, incluindo o Ministério, a Conitec analisou quatro vezes mais tecnologias do que a média entre 2006 e 2011. Mais de 20% delas foram aprovadas e estarão disponíveis na rede pública ainda no primeiro semestre deste ano. O primeiro deles começou a ser distribuído aos estados essa semana: o oncológico trastuzumabe, usado para tratar o câncer de mama. Ao todo são 29 medicamentos e procedimentos, entre os quais as vacinas para hepatite A e tetra viral, os biológicos para artrite reumatóide e o antirretroviral maraviroque. “Com a Conitec, os usuários do SUS têm acesso mais rápido a novos medicamentos, de forma segura, uma vez que eles passam por rigorosa avaliação científica de especialistas”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Para aprovar uma nova tecnologia, a Conitec exige documentos e estudos que comprovem evidência clínica consolidada, eficácia, eficiência e custo-benefício dos produtos. O processo conta ainda com a participação da sociedade por meio de consultas públicas.

Segundo a Conitec, a iniciativa garante economia orçamentária para o governo. Apesar da incorporação de um maior número de procedimentos e medicamentos, o percentual do gasto do Ministério com assistência farmacêutica se mantém na mesma média dos últimos 10 anos. A estimativa é que essas inclusões tenham um impacto de R$ 1 bilhão no orçamento.

Prazos


Para o processo de análise, a Lei 12.401/11, que regulamenta a Conitec, prevê um prazo de 180 dias. O pedido de incorporação de um medicamento pode ser feito pela empresa fabricante, por um paciente ou entidade civil. Porém, para ser analisado, o medicamento deve ter registro na Anvisa.

Após a recomendação favorável pela incorporação e publicação em portaria, o SUS tem mais 180 dias para garantir e disponibilizar a tecnologia à população. Esse prazo permite que o Ministério da Saúde defina a forma de compra do produto (centralizada – sob responsabilidade do governo federal, ou descentralizada – com subsídios de estados e municípios) e elabore ou atualize o protocolo clínico (que orienta os profissionais de saúde quanto ao uso do medicamento) e faça a distribuição do produto às secretarias estaduais de saúde.

Atualmente, outras 45 tecnologias estão em análise pela Conitec para possíveis incorporações mediante a elaboração ou a atualização de protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas. Para conferir o processo de análise em que se encontram os medicamentos, basta acessar o site da Agência Saúde – ASCOM/MS.

Fonte: http://saudeweb.com.br [Acessado em 1902/2013 às 14:44] - Link da matéria

Reckitt Benckiser entra no mercado brasileiro de medicamentos


A multinacional britânica Reckitt Benckiser comprou na terça-feira por US$ 482 milhões a licença de medicamentos sem prescrição médica da farmacêutica norte-americana Bristol-Myers Squibb no Brasil, México e outros mercados da América Latina. Em três anos, a britânica terá a opção de comprar integralmente o segmento de remédios sem receita da Bristol nesses países. No Brasil, Naldecon, Dermodex e Luftal estão entre as marcas compradas.

Pelo acordo, a Reckitt Benckiser passa a ser a empresa com a licença e o direito de comercialização de marcas que atualmente são da Bristol. O contrato inclui o pessoal e os contratos de fornecimento e prevê que, nesse período, a farmacêutica seguirá fabricando os medicamentos normalmente. No fim dos três anos, a britânica tem o direito de comprar integralmente o negócio, inclusive a propriedade intelectual dos medicamentos.

Atualmente, a empresa britânica opera no mercado brasileiro no segmento de produtos de limpeza e fabrica e comercializa marcas como Bom Ar, Harpic, Vanish e Veja. A sede da companhia fica na Rodovia Raposo Tavares, na zona oeste de São Paulo.

"São marcas líderes de mercado e que têm margens grandes. Acredito firmemente que o potencial de crescimento é muito bom. São medicamentos sem necessidade de receita nas categorias de alívio da dor, dor de garganta, tosse e resfriado e antiácido que se beneficiarão do potencial de comercialização da Reckitt na região", disse o diretor da Reckitt Benckiser, Rakesh Kapoor, em comunicado aos investidores.

Por: Fernando Nakagawa
Fonte: http://noticias.r7.com [Acessado em 19/02/2013 às 14:41] - Link da matéria

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Na hora de vender, planos de saúde também descumprem regras


Cobrança da taxa de adesão, para o Idec, é ilegal; mesmo assim, pesquisa realizada pelo Instituto com dez operadoras mostrou que nove cometem prática


Os contratos dos planos de saúde possuem diversas cláusulas abusivas. Tal “desconfiança” pode ser confirmada na mais recente pesquisa do Idec publicada na revista do Instituto. O mesmo estudo, entretanto, revelou que o processo de contratação em si também é problemático.

Entre as 10 operadoras que atuam em São Paulo com maior número de consumidores em 2011 e que comercializam planos individuais para pessoas físicas - Amil, Ameplan, Bio Vida, Dix, Ecole/AMR, Golden Cross, Trasmontano, Santamália, São Cristóvão e Universal - a maior parte descumpre as regras impostas pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) no momento da oferta e contratação dos planos.

“As regras estipuladas no momento da contratação ajudam a informar o consumidor sobre seus direitos quando portadores de doenças ou lesões pré-existentes; dão maiores informações sobre os tipos de planos existentes e as diferenças entre eles; orientam sobre períodos de carências, para que, caso as operadoras omitam as informações importantes aos consumidores, os documentos as apresentem”, explica a advogada do Idec Joana Cruz.

Veja quais foram os pontos avaliados e o desempenho das operadoras:


Declaração de saúde: é um formulário preenchido pelo usuário no momento da contratação do plano para informar as doenças que ele sabe que tem. Segundo a Resolução nº 167/2007 da ANS, o documento não pode conter perguntas sobre hábitos de vida, sintomas e uso de medicamentos. Nenhuma empresa cumpriu as regras. Todas questionaram pelo menos o peso e a altura do consumidor; outras perguntaram sobre fumo, uso de álcool e outras drogas.

Carta de orientação ao usuário: documento padrão para orientar o consumidor sobre o preenchimento da declaração de saúde. Apenas duas empresas - Bio Vida Saúde e São Cristóvão - apresentaram a carta de acordo com as especificações da ANS.

Entrevista qualificada: o consumidor pode pedir a ajuda de um médico para preencher a declaração de saúde e a operadora deve informá-lo sobre esse direito e disponibilizar um profissional para a consulta, gratuitamente. Caso o usuário prefira consultar um médico de sua confiança, os honorários serão por sua conta. Nenhuma operadora informou essa possibilidade, verbalmente, por meio do corretor, no momento da contratação.

Manual de contratação e guia de leitura contratual: documentos elaborados pela ANS para informar e orientar o consumidor sobre conceitos gerais dos planos de saúde e destacar os principais pontos do contrato, respectivamente. O manual deve, obrigatoriamente, ser entregue ao usuário no momento da contratação e o guia junto à carteirinha do plano. Nenhuma operadora entregou os dois documentos corretamente de acordo com o modelo estabelecido pela ANS.

Taxa de adesão: o Idec considera ilegal a cobrança de taxa de adesão na contratação de um plano de saúde, pois não há qualquer serviço prestado pela operadora que justifique o pagamento. Assim, trata-se de uma exigência excessiva - prática abusiva de acordo com o artigo 39, inciso I, do CDC. Nove das 10 operadoras cobraram taxa de adesão, no valor de R$ 15 a R$ 20. A exceção ficou por conta do Centro Trasmontano.

Denuncie

No caso de o consumidor ter contratado o plano e, posteriormente, descobrir o descumprimento de alguma regra, ele pode exigir o envio dos documentos faltantes, bem como denunciar a conduta da operadora à ANS. “Se a declaração de saúde foi preenchida erroneamente por conta de falta de orientação decorrente da não entrega da carta de orientação, ele  pode solicitar à ANS a revisão de eventual período de cobertura parcial temporária que a operadora tenha aplicado”, afirma a advogada Joana Cruz.

Vale ressaltar que o consumidor corre riscos ao contratar um plano de saúde que descumpre as regras da ANS. Se, por exemplo, ele preencher de forma errônea a declaração de saúde, ele pode ser submetido a cumprir um período de cobertura parcial temporária, o qual poderia não ter necessidade de cumprir. Pela falta de informações adequadas, ele também poderá acabar contratando um plano que não é o mais adequado para seu perfil.

Pesquisa

A pesquisa, apoiada pelo FDD (Fundo de Defesa de Direitos Difusos), foi dividida em três partes. A primeira, publicada na edição de dezembro da Revista do Idec avaliou se 9 operadoras de planos de saúde cumprem o prazo máximo para agendamento de consulta estabelecido pela (ANS); a segunda analisou o contrato de cada operadora e será publicada na edição de fevereiro. Essa é terceira parte, publicada no Portal do Idec, e que analisou o processo de contratação de planos de saúde.

Fonte: http://www.idec.org.br/ [Acessado em 15/02/2013 às 9:02] - Link da matéria

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Carnaval: para não sofrer com os excessos da folia


Curtir os cinco dias de Carnaval é como uma maratona que pode, depois da festa, cobrar a fatura. Excesso de bebida,  alimentação ruim e poucas horas de sono são os ingredientes mais comuns para aumentar a ressaca pós-folia e reduzir a imunidade, prejudicando a volta ao trabalho e aos estudos.

Gastar as energias é muito bom para é preciso saber recuperá-las o quanto antes. Se a festa varou a madrugada, nada de economizar no sono para não perder a programação do dia seguinte. O ideal é dormir as tradicionais 8 horas de sono, fazer três boas refeições ao longo do dia e tomar entre 1,5 e 2 litros de água – especialmente se você se passou no álcool, que motiva a desidratação de nosso corpo (e aumenta a sensação de ressaca).

Você pode até achar que depois da folia o cansaço vai levar naturalmente a um sono profundo, mas estudos mostram que o consumo de álcool antes de dormir causa uma inversão no funcionamento do sono, deixando-o mais profundo no começo e mais leve com o passar das horas (quando o ideal é o contrário, para que ele tenha seu efeito reparador de energias). “Quem está bem descansado não precisa recorrer a estimulantes como cafeína ou energéticos, que afetam a qualidade do sono”, destaca o médico Israel Maia, especialista em medicina do sono.

Outra dica fundamental é para quem vai pegar a estrada e voltar para casa: pesquisas mostram que pelo menos 17% das mortes no trânsito acontecem em função de motoristas que dormiram ao volante. Esta imprudência é responsável pela morte de aproximadamente 7 mil pessoas por ano no Brasil.

Portanto, para que a folia não estrague sua saúde, não esqueça de comer e dormir bem entre as festas.

Fonte: http://sonocomsaude.wordpress.com [Acessado em 14/02/2013 às 9:09] - Link da matéria

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

ANS lança quarta edição do FOCO - Saúde Suplementar


A quarta edição do FOCO – Saúde Suplementar traz dados de setembro de 2012 e revela que a taxa de cobertura de planos privados de assistência médica no Brasil corresponde a 25,1%. Em dez anos, 7% da população foi incorporada ao mercado de saúde suplementar, número que saltou de 18,1% para 25,1% no período.

Essa edição apresenta também análises de seis regiões metropolitanas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife). Em relação à cobertura assistencial, estas regiões superam a taxa nacional. São Paulo, por exemplo, apresenta índice de 53,6%. Em Belo Horizonte, 43,5% dos habitantes possuem planos de saúde e, no Rio de Janeiro, esse valor alcança 42,8%.
 
Dados do mesmo período demonstram que o IPCA no país alcançou 5,28%. À exceção de São Paulo, as demais regiões metropolitanas examinadas (Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife) têm índices que superam o nacional. Enquanto isso, a desaceleração do número de hospitalizações e cirurgias reduz o índice de serviços laboratoriais e hospitalares, que passa de 2,04% para 1,01% no trimestre.

Além disso, é observada ligeira recuperação do PIB no 3º trimestre de 2012, que subiu de 0,6% para 0,7%. Efeito também verificado na taxa de beneficiários de planos coletivos regulamentados, que alcança 5,2% no ano.

Estas e outras informações podem ser consultadas no FOCO – Saúde Suplementar – edição de dezembro 2012. 

Fonte: http://www.ans.gov.br/ [Acessado em 05/02/2013 às 10:20] - Link da matéria

Portal Saúde – acesso rápido ao conhecimento científico


Profissional de saúde, você tem acesso gratuito a grandes publicações científicas. O Portal Saúde Baseada em Evidências é feito pra você que quer informações atualizadas com as mais importantes publicações científicas do mundo. São estudos, ferramentas, dados e muito mais, sempre à sua disposição, 24 horas por dia, pra você acessar de qualquer lugar. Acesse.

Criado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), o Portal Saúde Baseada em Evidências reitera o compromisso do governo brasileiro de aprimorar o exercício dos trabalhadores da saúde democratizando as condições de acesso, nas suas áreas de atuação, a conteúdos cientificamente fundamentados na perspectiva de melhor atender à população.

Objetivo

Fornecer acesso rápido ao conhecimento científico por meio de publicações atuais e sistematicamente revisadas. As informações, providas de evidências científicas, são utilizadas para apoiar a prática clínica, como também a tomada de decisão para a gestão em saúde e qualificação do cuidado, auxiliando assim os profissionais da saúde.

Público-Alvo

Os conteúdos estão disponíveis para os profissionais de saúde vinculados ao respectivo Conselho Profissional. Terão acesso à pesquisa os profissionais das áreas de Biologia, Biomedicina, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Psicologia e Serviço Social.

Fonte: http://blog.almanaquesaude.com.br [Acessado em 05/02/2013 às 10:17] - Link da matéria

Farmacêuticas buscam lucro em drogas para doenças raras


Doenças raras sempre foram deixadas em segundo plano pelas farmacêuticas, que queriam remédios que pudessem ser vendidos para milhões de doentes. Hoje, porém, enfermidades que afligem um número muito menor de pessoas despertam um interesse cada vez maior no setor.

Um remédio da Sanofi SA tornou-se recentemente o segundo tratamento em dois meses a ser aprovado contra uma desordem hereditária dos níveis de colesterol que geralmente é fatal. O remédio injetável, chamado Kynamro, vai agora concorrer com o Juxtapid — uma pílula da Aegerion Pharmaceuticals Inc. que recebeu luz verde dos reguladores no mês passado — no tratamento de uma doença que afeta só alguns milhares de pessoas nos Estados Unidos.

A Pfizer Inc. e a GlaxoSmithKline PLC são algumas das empresas que têm pesquisado tratamentos para a distrofia muscular de Duchenne, uma doença hereditária que afeta um em cada 3.600 bebês do sexo masculino. A Shire PLC e a BioMarin Pharmaceutical Inc. estão procurando remédios para uma desordem metabólica rara chamada síndrome de Sanfilippo, que atinge um em cada 70.000 recém-nascidos.

Essa disputa no tratamento de doenças raras ressalta como mudanças na dinâmica comercial e uma compreensão maior das origens moleculares das doenças estão levando a indústria farmacêutica para novos caminhos.

Os incentivos da FDA, a agência americana que regula alimentos e remédios, para o desenvolvimento das chamadas "orphan drugs" — ou drogas órfãs — podem significar aprovações mais rápidas, benefícios fiscais para as farmacêuticas e uma proteção de sete anos contra concorrência depois da aprovação (as drogas convencionais geralmente recebem cinco anos). Grupos de pacientes levantaram centenas de milhões de dólares para dar às empresas que desenvolvem drogas órfãs, definidas como tratamentos experimentais para doenças que nunca têm mais de 200.000 pacientes num dado momento.

Mas o mais persuasivo dos incentivos talvez seja a descoberta das farmacêuticas de que podem cobrar preços salgados por esses remédios, os quais quase sempre se tornam uma das poucas opções de tratamento para doenças fatais.

As grandes farmacêuticas haviam "pensado que as drogas órfãs eram coisas minúsculas que não mereciam atenção", diz Angus Russell, diretor-presidente da Shire, que fabrica alguns dos remédios mais vendidos contra desordens raras de enzimas.

As grandes farmacêuticas viram a Shire e outras firmas "desenvolverem drogas que acabaram" gerando receitas de centenas de milhões, se não bilhões, de dólares e logo foram atrás, diz ele.

É verdade que um preço anual de seis dígitos para cada paciente põe em dúvida a capacidade das farmacêuticas de sustentar seus custos diante do esforço crescente das pessoas em controlar seus gastos com saúde. A concorrência pode também baixar os preços.

O Kynamro, o remédio contra o colesterol, será vendido a um preço menor que seu concorrente Juxtapid. Mas o Kynamro ainda assim custará ao doente US$ 176.000 por ano, segundo a Genzyme, a unidade da Sanofi que desenvolveu a droga com a Isis Pharmaceuticals Inc. Um ano de tratamento com o Juxtapid custa de US$ 235.000 a US$ 295.000, dependendo do estágio do tratamento, diz Marc Beer, diretor-presidente da Aegerion.

Quando o congresso americano criou o termo "droga órfã", em 1983, as farmacêuticas trabalhavam em um novo remédio do tipo a cada ano, segundo a FDA. Agora, a agência afirma que quase 200 drogas órfãs começam a ser desenvolvidas todo ano e cerca de um terço dos remédios que ela aprova são para doenças raras.

Francois Nader, diretor-presidente da NPS Pharmaceuticals Inc., que no fim de 2012 teve um remédio para uma doença rara do intestino aprovado pela FDA, diz que mudanças na ciência e na economia viabilizaram esse mercado. Os pesquisadores de drogas podem identificar com antecedência "os pacientes que se beneficiariam de um certo remédio, em vez de usar o modelo de um remédio para todo mundo como no passado", diz ele.

O remédio da NPS para o intestino, o Gattex, custou US$ 250 milhões para ser desenvolvido. O valor é bem inferior ao US$ 1 bilhão ou mais que poderia custar para lançar uma droga de uso mais amplo, em parte porque os testes clínicos requeridos precisaram de bem menos pacientes e foram mais rápidos, diz Nader. O Gattex custa US$ 295.000 por ano para o doente.

Graças a esses preços altos, quase um terço das drogas órfãs somam mais de US$ 1 bilhão em vendas anuais, segundo uma amostra examinada pela Thomson Reuters. A categoria gera mais de US$ 50 bilhões em receitas no mundo todo e teve um crescimento anual de mais de 20% nos últimos anos.

Até agora, os planos de saúde privados e os governos têm aceitado pagar por esses remédios caros. As doenças são tão raras que cada plano pode ter que pagar por apenas um paciente. Além disso, os tratamentos são geralmente uma questão de vida ou morte e assim fica difícil para as administradoras dos planos recusá-los.

"No futuro, haverá mais pressão sobre os preços" à medida que essas caras drogas órfãs se proliferarem, diz Rhonda Greenapple, fundadora da Reimbursement Intelligence, uma firma de pesquisa de mercado do setor farmacêutico que monitora planos de saúde. "Mas, no momento, [os planos] não podem fazer quase nada" para limitar o acesso.

No caso da doença rara do colesterol, conhecida como hipercolesterolemia familiar homozigótica, os recém-aprovados remédios Kynamro e Juxtapid "vão suprir uma necessidade muito grande", diz Steven Jones, diretor de cardiologia do Hospital americano Johns Hopkins.

Pacientes com a doença têm um defeito nos genes que ajudam o corpo a eliminar o colesterol ruim, ou LDL, da circulação sanguínea. Como resultado, mesmo crianças podem ficar com níveis de colesterol de até 400 miligramas ou mais por decilitro de sangue — três ou quatro vezes o nível recomendado. A desordem pode causar ataques cardíacos, derrames e a morte, geralmente antes dos 30 anos.

Christian Jacobs, de 21 anos, que frequenta uma escola técnica em Ohio, foi diagnosticado quando tinha dois anos com um nível de colesterol LDL de 957 miligramas por decilitro. Ele toma seis remédios para o colesterol, tem stents (pequenos tubos) desbloqueando sete artérias e se submete a uma sessão de filtragem de colesterol a cada duas semanas, mas seu colesterol permanece acima de 500.

Jacobs diz que o Kynamro baixou seu colesterol para 250 num teste clínico e que o plano de saúde de sua família aprovou o reembolso do tratamento com o Juxtapid, que ele deve começar logo. Se um remédio "não funcionar, eu tenho o outro", diz ele.

Ambos os remédios vêm com sérios alertas sobre os riscos de danos ao fígado no longo prazo, pois são associados a anormalidades ligadas a enzimas no fígado e à acumulação de gordura no órgão, o que pode provocar doenças.

Por JONATHAN D. ROCKOFF
Fonte: The Wall Street Journal - http://online.wsj.com [Acessado em: 05/02/2013 às 10:13] Link da matéria 

Saúde e trabalho


Estresse no Trabalho ou Estresse Ocupacional


Falar de estresse no trabalho, ou, estresse ocupacional se tornou comum nos dias de hoje. Passar por situações de pressão durante a jornada de trabalho é comum para muitas pessoas.

Em um mundo onde as pessoas precisam de soluções para “ontem”, é quase raro encontrar alguém que não se sinta pressionado para finalizar um trabalho, fazer uma apresentação para os clientes, entregar um projeto com o mínimo de dias possíveis, etc.

Nos últimos tempos o ambiente do trabalho vem sofrendo modificações em que o trabalhador é forçado a se adaptar de uma maneira rápida e por algumas vezes ele sente dificuldade nessa adaptação e também se sente deslocado no trabalho e em sua própria residência, o deixando com um desgaste emocional.

Alguns fatores que levam o trabalhador a uma sobrecarga, somados com as exigências do ambiente e a dificuldade de adaptação:


  • Tempo estipulado (urgência);
  • Excesso de responsabilidades;
  • Falta de apoio e compreensão;
  • Expectativas de nós mesmos e dos que nos cercam.

Cada vez mais as doenças da mente estão se tornando um fator importante em casos de afastamento no trabalho, o governo e a sociedade precisam se atentar a isso.

No ambiente de trabalho os casos mais comuns para levar ao estresse são: cobranças incessantes e assédio moral, entre outras, mas também, temos o fator que está relacionado a vida pessoal como a perda de uma pessoa querida ou um termino de um relacionamento também são fatores que influenciam.

Após diagnosticado o importante é procurar um tratamento. Existem algumas medidas de prevenção que podem ser tomadas para evitar o estresse no trabalho como: a diminuição das pressões externas junto com o melhoramento do ambiente de trabalho, eliminar os agentes agressivos e tornar o ambiente de trabalho adequado às necessidades humanas.

A maneira como cada um lida com a situação de pressão faz a diferença. Há pessoas que sentem dificuldade em manter o auto controle e acabam por não conseguirem finalizar o trabalho. Há também pessoas que simplesmente se revoltam, outras que mantêm- se caladas e se isolam, são inúmeras as expressões e aspectos que revelam o estado de cada pessoa.

Pode até parecer difícil ou quase impossível, mas, encarar a pressão com uma boa dose de bom humor pode ser uma solução (ou parte dela) benéfica para si mesmo, para o trabalho a ser executado e para a equipe.

Observe abaixo algumas dicas simples, porém, que podem fazer diferença para aliviar a tensão durante o trabalho:

  • Levantar por alguns minutos;
  • Tomar uma água ou um café;
  • Conversar um pouco com algum colega de outro setor;
  • Parar para fazer um lanche;
  • Ir até o banheiro e jogar água no rosto e respirar fundo.

Talvez pareça óbvio, mas, essas dicas podem ajudar no momento de tomar uma atitude importante. O bom humor pode fazer com que você encontre uma solução e não deixar você pensando no trabalho até mesmo na hora de dormir.

Uma boa noite de sono e descanso é essencial para começar um novo dia e também, para olhar a situação de uma maneira diferente. Buscar fazer algo que lhe proporcione prazer fora da rotina de trabalho pode ser um bom estimulo para a saúde física, mental e espiritual. O interessante é se atentar a maneira como você lida com a pressão do dia a dia, e tentar buscar a melhor solução para alivia-la, antes que essa pressão torne-se algo grave com um estresse psicossocial. Caso nada resolva procure um médico.

Fonte: http://www.gestaoderh.com.br [Acessado em: 05/02/2013 às 10:09] - Link da matéria

Estudo sobre a indústria farmacêutica apresenta desafios do mercado


Três a cada quatro empresas acreditam qua a indústria farmacêutica está vivendo uma crise estratégica


São Paulo - Um estudo, apresentado pela Roland Berger, indica que a indústria farmacêutica está sofrendo um encolhimento considerável nas margens de lucro por conta do aumento de preço, da pressão de custos e, principalmente, das mudanças regulatórias e das patentes vencidas.

Três a cada quatro empresas acreditam qua a indústria farmacêutica está vivendo uma crise estratégica. O levantamento “Pharma's fight for profitability” avalia a situação atual do mercado e descreve possíveis soluções.

De todos os participantes da pesquisa, 78% entendem que as empresas farmacêuticas devem ajustar seus modelos de negócios para atender às novas exigências do mercado. Isso inclui o forte investimento nos mercados emergentes de alto crescimento, que devem compor cerca de 40% do mercado farmacêutico mundial até 2016.

"A indústria farmacêutica mundial está enfrentando uma grande mudança estrutural. Mesmo que as vendas globais tenham crescido nos últimos anos, as margens de lucro caíram consideravelmente", diz o consultor Jorge Pereira da Costa. "Isso significa que será necessário realinhar os modelos de negócios para atender às necessidades do mercado, o que é fundamental para garantir o sucesso das operações", explica.

Embora as dez maiores empresas farmacêuticas do mundo tenham aumentado as vendas em torno de 13%, no período de 2009 a 2010, as margens Ebit caíram, durante o mesmo período, cerca de 4%, o que representa uma queda de 34 bilhões de euros no lucro.

Dentro deste cenário há um foco no mercado emergente, que vive um crescimento significativo e que pode oferecer diversas soluções para sair desta difícil situação, desempenhando um papel importante na condução do crescimento da indústria farmacêutica global nos próximos anos.

Enquanto o mercado de produtos farmacêuticos vai crescer em média 4,5% ao ano, até 2016, o crescimento em países emergentes vai aumentar em quase 12%. Especialmente a China, o Brasil, a Índia e a Rússia estão experimentando crescimentos acima da média.

"O poder de compra crescente nessas regiões, o aumento da classe média e melhores sistemas de saúde estão impulsionando a demanda por medicamentos", diz Pereira da Costa. "Portanto, não é nenhuma surpresa que muitas empresas farmacêuticas estejam cada vez mais focadas em mercados emergentes para aproveitar melhor o seu potencial de crescimento", conclui.

Fonte: http://www.d24am.com [Acessado em 05/02/2013 às 10:06] - Link da matéria