terça-feira, 30 de julho de 2013

As dificuldades dos planos de saúde

No dia 22/07 foi anunciado o teto de reajuste da mensalidade das operadoras de saúde, determinado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). O índice de reajuste (de 9,04%) é o maior desde 2004. Apesar disso, os planos de saúde vêm passando por dificuldades. O descontentamento dos médicos com o valor da consulta repassado a eles leva a uma diminuição do número de profissionais credenciados aos planos. Além dessas perdas, os planos têm que lidar também com o aumento constante do custo de uma internação, fator que agrava a crise no setor.
As operadoras pagam, em média, 30 a 40 reais por consulta aos médicos. Um levantamento feito mostra que a média do preço da consulta particular é de R$300,00, ou seja, 10 vezes maior que o repassado pelos planos. Revoltados com essa situação, muitos médicos abandonam o atendimento a conveniados e passam a cobrar as consultas de maneira particular, cobrando um valor um pouco maior da média repassada pelas operadoras de saúde, mas tomando um cuidado também para que o paciente não se assuste com o preço.
Essa redução de oferta de médicos faz com que os contratantes dos planos migrem para outras seguradoras ou até mesmo repensem a necessidade de manter um plano pago mensalmente sendo que a maioria dos médicos cobram as consultas particularmente. Na verdade, o que ainda segura muitas pessoas nesses planos é o acesso aos hospitais da rede particular.
Até nesse quesito de hospitais, porém, há um fator que vem atrapalhando as seguradoras de saúde. Segundo um estudo realizado pelo IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar) o custo médio de internação subiu de R$ 4.064,66 em 2005 para R$ 6.265,50 em 2010. Um aumento de 53,6%. Por causa disso, as operadoras têm sido muito mais criteriosas para aprovar alguns procedimentos, prática essa que acaba deixando o paciente ainda mais insatisfeito. 
Com o incremento de custos, os planos têm menor retorno financeiro e novas estratégias devem ser adotadas, através de um gerenciamento mais eficaz. 

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Resumo Semanal

As principais notícias da semana de 22/07 a 26/07


  • A Operadora de Saúde Omint anunciou José Braga como novo gerente executivo da sua filial no Rio de janeiro. 


  • A Medley (indústria farmacêutica) conseguiu na Justiça, uma liminar que proíbe o uso do nome Medlen, por uma empresa na área médica. A decisão foi tomada, segundo o desembargador Maia da Cunha (relator do caso), porque os nomes são muito semelhantes, havendo diferença apenas na última letra. Como ambas empresas trabalham na área da saúde, poderia haver uma assimilação das duas marcas pelo consumidor. A liminar prevê pagamento de multa, caso a empresa continue usando o nome. O advogado da Medlen afirmou que houve um acordo entre as partes, mas não revelou detalhes do mesmo. 


  • Foi anunciada a taxa de reajuste do valor da mensalidade dos convênios médicos individuais, contratados a partir de 1999. O aumento, o maior desde 2005, será de 9,04%, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e vai afetar 17,6% do mercado, aproximadamente 8,4 milhões de usuários. 

  • Um estudo feito pela organização humanitária francesa Médicos Sem Fronteiras (MSF) revelou que o preço do pacote básico de vacinação infantil aumentou 2700% na última década. Para ter uma ideia do aumento, há 10 anos era possível vacinar uma criança com R$ 3, 05. Hoje, o pacote sai por R$ 86,52. Um dos motivos desse aumento é devido ao acréscimo de 5 imunizações que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda. 

terça-feira, 23 de julho de 2013

Grandes Avanços

O mês de julho trouxe grandes avanços nos estudo feitos para encontrar a cura de três doenças: o câncer, a síndrome de Down e a AIDS. Em relação às duas primeiras, o avanço foi apenas na parte teórica, porém são avanços muito significativos, tendo em vista que foram explorados meios que foram testados fora do corpo humano e deram resultados. Já em relação à AIDS, dois pacientes em Boston que possuíam o vírus, ficaram livres da infecção e abandonaram os medicamentos, sem que isso lhes causasse problemas.
Um laboratório em Oxfordshire, Inglaterra, desenvolveu um meio que consegue estimular as células T do sistema imunológico. Conhecidas como “células assassinas”, elas são projetadas para procurar e matar invasores e já faz isso com vírus e bactérias. Porém elas têm uma deficiência em encontrar células cancerosas. Com o novo sistema criado, as células T conseguem identifica-las. Esse tipo de tratamento não serve para substituir os tratamentos já existentes, serve para ser usado junto com eles. A maior dificuldade que os médicos encontram é desenvolver um tratamento que deixe imune as células que não contenham a doença. Como as células T identificam exatamente as células cancerosas, a perda de células boas é praticamente nula.
Todas as pessoas possuem 23 pares de cromossomos em sua formação genética. Porém, em algumas pessoas, o cromossomo 21 produz uma cópia extra e é essa cópia a causadora da síndrome de Down. Cientistas da Universidade de Massachusetts conseguiram “desligar” esse cromossomo, através de um tratamento conhecido como terapia genética. Essa terapia é usada para tentar consertar genes que tenham algum tipo de problema, mas pela primeira vez os cientistas conseguiram anular inteiramente o efeito de um cromossomo. Através da inserção de um gene chamado XIST na célula-tronco de uma pessoa com síndrome de Down, os cientistas perceberam que a cópia extra do cromossomo 21 foi “silenciada”. Os pesquisadores admitem que ainda faltam algumas etapas para que se chegue a uma cura efetiva da síndrome de Down, entretanto o caminho a ser seguido já está sendo construído.
No começo do mês, em Boston, dois pacientes que tinham o vírus HIV, ficaram livres da infecção depois de passarem por um transplante de medula, que teve que ser realizado para o tratamento de um câncer sanguíneo. Um caso semelhante já havia acontecido na Alemanha, há alguns anos. Os médicos disseram, porém, que o tratamento somente funcionou por causa do câncer no sangue que ambos tinham. Um paciente interrompeu o uso dos remédios há 7 semanas e o outro interrompeu há 15 semanas. Ambos não tiveram nenhuma manifestação do vírus desde então. Entretanto, os médicos evitam falar que eles estão curados, porque querem acompanhar por mais tempo os pacientes e, ai sim, ter certeza que o vírus não voltará a se manifestar.

As 3 pesquisas ainda não conseguiram chegar a um método que tenha uma grande eficiência comprovada, porém todas trazem novos caminhos nunca antes explorados, e que parecem apontar para uma cura efetiva no futuro. Esses novos avanços trazem bastante esperança para médicos e pacientes. 

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Programa "Mais Médicos para o Brasil" cria regra para novos estudantes.

Programa lançado nesta segunda pela presidente Dilma Rousseff obriga os estudantes de medicina das redes pública e privada a trabalharem por 2 anos no SUS para obter o diploma. 

Nesta segunda-feira, a presidente Dilma lançou o programa "Mais Médicos para o Brasil", em cerimônia realizada no Palácio do Planalto. Também estavam presentes no evento o vice Michel Temer, o ministro da Saúde Alexandre Padilha, e o ministro da Educação Aloizio Mercadante. A medida provisória, que foi editada na mesma data, trás algumas novas normas. A mais comentada foi a mudança no curso de medicina. O curso terá um aumento do tempo que o estudante leva para se formar: hoje são 6 anos; a partir de 2015 serão 8. 
Os estudantes que se matricularem no curso de medicina até o meio de 2014 ainda se enquadrarão nas regras atuais, ou seja, terão 4 anos de formação teórica e depois 2 anos de estágio obrigatório em regime internato. Para os estudantes que se matricularem a partir do início de 2015, além dos 6 anos já necessários, terão também que trabalhar 1 ano como médicos do SUS. Porém, esse período não terá carácter de estágio. Eles prestarão os serviços de atenção básica. Depois passarão ainda por mais 1 ano nos serviços de urgência e emergência, totalizando assim 8 anos para obter o diploma. 
Além dessa mudança, o ministro Mercadante anunciou o aumento de vagas para o curso de medicina em faculdades públicas. E também há um projeto, segundo o próprio ministro, para que dentro de 4 anos também haja um aumento de vagas nas faculdades particulares. Assim, a meta do Governo Federal é criar mais de 11.000 novas vagas para esse e outros cursos relacionados à Saúde até o ano de 2017, contando com as vagas públicas e privadas. O governo também vai contratar mais de 5.000 profissionais nas faculdades públicas para atender a demanda de novos estudantes.
O programa "Mais Médicos" visa um preenchimento de vagas na atenção básica à saúde nos lugares onde há carência desses profissionais. O programa dará uma bolsa no valor de 10 mil reais, mais ajudas de custo, a serem pagas exclusivamente pelo Governo Federal. A prioridade serão os médicos brasileiros, formados no Brasil. As vagas que sobrarem serão oferecidas à médicos brasileiros formados no exterior, e depois à médicos estrangeiros. Ao todo, 47 cidades estão na lista de municípios com prioridade, entre elas São Paulo. Essas cidades têm 14 dias para aderir ao programa. Segundo a presidente Dilma, o programa é um "pacto pela vida, pela saúde de todos os brasileiros, em especiais os mais pobres".