No dia 22/07 foi anunciado o teto
de reajuste da mensalidade das operadoras de saúde, determinado pela ANS
(Agência Nacional de Saúde Suplementar). O índice de reajuste (de 9,04%) é o
maior desde 2004. Apesar disso, os planos de saúde vêm passando por
dificuldades. O descontentamento dos médicos com o valor da consulta repassado a
eles leva a uma diminuição do número de profissionais credenciados aos planos. Além
dessas perdas, os planos têm que lidar também com o aumento constante do custo
de uma internação, fator que agrava a crise no setor.
As operadoras pagam, em média, 30
a 40 reais por consulta aos médicos. Um levantamento feito mostra que a média
do preço da consulta particular é de R$300,00, ou seja, 10 vezes maior que o repassado
pelos planos. Revoltados com essa situação, muitos médicos abandonam o
atendimento a conveniados e passam a cobrar as consultas de maneira particular,
cobrando um valor um pouco maior da média repassada pelas operadoras de saúde,
mas tomando um cuidado também para que o paciente não se assuste com o preço.
Essa redução de oferta de médicos
faz com que os contratantes dos planos migrem para outras seguradoras ou até
mesmo repensem a necessidade de manter um plano pago mensalmente sendo que a
maioria dos médicos cobram as consultas particularmente. Na verdade, o que
ainda segura muitas pessoas nesses planos é o acesso aos hospitais da rede
particular.
Até nesse quesito de hospitais,
porém, há um fator que vem atrapalhando as seguradoras de saúde. Segundo um
estudo realizado pelo IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar) o custo
médio de internação subiu de R$ 4.064,66 em 2005 para R$ 6.265,50 em 2010. Um
aumento de 53,6%. Por causa disso, as operadoras têm sido muito mais
criteriosas para aprovar alguns procedimentos, prática essa que acaba deixando
o paciente ainda mais insatisfeito.
Com o
incremento de custos, os planos têm menor retorno financeiro e novas
estratégias devem ser adotadas, através de um gerenciamento mais eficaz.