segunda-feira, 26 de março de 2012


SEMINÁRIO DISCUTE AS RELAÇÔES ENTRE OS DIVERSOS AGENTES DA ÁREA DE SAÚDE NO BRASIL


Na quinta-feira dia 8 de março, foi realizado o I seminário de estudos em saúde da BSP Business School São Paulo, no qual se debateu os desafios e oportunidades nas relações entre os diversos agentes da saúde no Brasil: gestores-pagadores, operadoras de saúde, prestadores de serviços médicos, indústria farmacêutica e de equipamentos e materiais médicos.

Com o tema OS DESAFIOS BRASILEIROS PARA A ÁREA DE SAUDE EM 2012 , o evento reuniu experts representantes de importantes empresas do mercado  no auditório da BSP que contou com uma plateia de mais de 120 pessoas de diversas área do segmento da saúde.

O seminário foi  mediado por Carlos Pappini, professor e coordenador técnico do Master Gestão em Saúde da BSP e diretor da In Health Business empresa especializada em Market Access. O evento teve início com o painel  sobre a sustentabilidade e o equilíbrio na relação entre os pagadores e a indústria fornecedora de insumos médicos e farmacêuticos. Francisco Picolo , managing director da empresa de biotecnologia Biogen, mostrou uma visão otimista sobre essa relação apontando os avanços dos últimos anos na relação com os pagadores, principalmente públicos, mas destacando também os riscos da forte pressão de preços sobre a indústria que inclusive, no caso específico da Biogen, vem gerando perdas acima da própria inflação e do repasse de preços autorizados pelo governo mas não praticado pela companhia nas negociações. 
Na sequência falou Oscar Porto, managing director da Medtronic, empresa de tecnologia médica, que explicitou uma visão realista sobre o processo, frisando que a relação entre fornecedores e pagadores, em seu caso específico, com os do mercado privado, precisa evoluir para um processo real de  ganha-ganha, caso contrário, não atingiremos o equilíbrio no setor.
A terceira apresentação coube ao Dr. Claudio Tafla, diretor técnico da Amil. Sua visão otimista sobre o setor, sinalizou um caminho positivo nesta relação pagador – indústria. Destacou ainda os modelos de gestão em saúde praticados hoje pela AMIL que contribuem para um caminho de equilíbrio e convidou as indústrias a se aproximarem cada vez mais das operadoras de saúde, para tratar não apenas da comercialização dos produtos, mas e principalmente, desenvolver uma relação técnica-clínica em conjunto.

O segundo painel contou com a presença do dr. Luiz Monteiro presidente da e-pharma e da Dra Valéria Pimentel, gerente médica de TI do Hospital Albert Einstein. O debate transcorreu na construção de um BI clínico entre provedores e gestores da saúde que permitiriam uma integração tanto no compartilhamento das informações quanto na utilização dos dados para melhoria da gestão e suporte na tomada de decisão.

Dr. Monteiro discorreu sobre a necessidade de se levar a saúde integral ao paciente, colocando foco na visão do pagador corporativo – grandes empresas, e a dra Valeria  falou sobre o seguimento do paciente pós processos hospitalares e o compartilhamento das informações sobre os atendimentos realizados. Apresentou um modelo de cartão que está sendo desenvolvido pelo Hospital Albert Einstein e que beneficiará milhares de pacientes nos próximos anos.

Após as apresentações de cada painel, houve um caloroso e interessante debate com a participação do público, que levantou importantes questões como a reflexão sobre o que é melhor para o paciente.